
Por que o cinza?
Ao mesmo tempo em que tem personalidade, ele é neutro e não enjoa. Ao observar o antes e o depois, percebo que a decoração ficou mais elaborada. É um tom masculino, porém aconchegante, qualidade desejada numa sala de jantar.
Que recursos usou para não pesar o ambiente?
O rodapé alto branco equilibra e ao mesmo tempo destaca o cinza. Também é importante observar que tenho boa entrada de luz na sala, localizada à frente de uma varanda. Em espaços pequenos, recomendo versões mais claras.
Ao redor da mesa de jantar de peroba, desenhada por Christiane e Rafael, estão as cadeiras de alumínio importadas Navy, da Emeco. Os lustres são assinados pela designer dinamarquesa Cecilie Manz. Fotos de Herb Ritts. Louças da H. Stern Home.

Por que escolheu essa cor?
Não gosto de tons abertos, pois acabam pesando o ambiente. Como já havia madeira e granito entre os acabamentos, busquei no vermelho um complemento para aquecer e dar personalidade. Ele traz sofisticação e faz com que a cozinha não tenha apenas aquela cara funcional, mas também de ponto de encontro.
Como usar um tom forte sem pesar?
A cozinha é bastante iluminada, o que impede que fique escura e triste. Além disso, optei por elementos claros para ganhar leveza, caso das portas brancas.

Que sensações explorou nessa paleta?
A moradora queria um quarto romântico, mas ao mesmo tempo contemporâneo. Foi o que busquei com o cinza na parede, bem atual. Mesclado com o azul-esverdeado de acessórios, o visual transmite calma e frescor. Por sua vez, os elementos brancos ajudam, iluminando o resultado.
Com que outras cores você acha que o cinza vai bem?
Por ser neutro, pode ser usado com quase todos os tons. Particularmente, gosto bastante da combinação com cereja, branco e mostarda.

Como chegaram a esse rosa-claro?
Escolhemos primeiro o tecido da colcha, com uma estampa marcante. Ela determinou a procura de tons derivados mais tranquilos. Eles entram como complemento para evocar repouso e aconchego, as principais sensações que um quarto pede.
Qual o segredo para que a cor não fique enjoativa?
Para quebrar o rosa, usamos bastante branco nos acabamentos e concentramos os tons fortes apenas nos detalhes, como nas almofadas. O espelho fumê que reveste a frente dos criados-mudos também ajudou a equilibrar o resultado.
Com cabeceira de camurça, a cama da NM Estofados tem colcha com tecido da Designers Guild (Empório Beraldin). A confecção é da Kika Chic. As almofadas alternam estampas da Designers Guild e da Vitrine. Abajur da Lustreco e criado-mudo da Quartos & Etc. Mandala do Adriana e Carlota Atelier de Pinturas.

Como chegaram à combinação de três cores?
Partimos da tela listrada dos moradores para trabalhar um leque de que eles gostavam. Por ser iluminada, a sala não restringia o uso de tons como o roxo. No teste, ficamos com o violeta na parede maior, equilibrado pela leveza do verde-cítrico na viga. Para a coluna, optamos por um acinzentado neutro.
Qual o segredo para orquestrar diferentes tons?
Gostamos de liberdade no uso da cor, mas repare que as escolhas conversam. Isso porque cada nuance foi retirada do desdobramento das cores principais.

Como chegou a essa cartela?
Adoro experimentar e ando apaixonada pela dupla azul e verde-militar, pintada na estrutura do sofá. Para compor o leque, fiz o estudo com peças soltas, como lenços e _ ores de tecido com esses tons, todos tendência.
Por que a mistura funciona?
Os azuis se complementam e o verde leve na parede traz frescor aos móveis de tons fortes. A sensação é de contraste, quase como um sol que entra na casa. Já os rosados do tapete e do assento do sofá vão bem com o azul.
