quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

FELIZ 2011 !!!!!!!

Quero desejar a todos um 2011 cheio de alegria e realizações!!!
E agradecer pelo carinho que sempre tiveram com o meu blog!!
Bjinhos...

Patchwork inusitado

Azulejos desenhados deram outra cara ao banheiro do arquiteto Thiago Passos. “eles foram aplicados como em um grande patchwork”, conta. estes são do Cemitério dos azulejos, mas dá para fazer o mesmo com peças desemparelhadas que sobraram de antigas obras ou, quem sabe, do piso da cozinha. a bancada e o piso de concreto são neutros, não interferem no visual da área.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

OSCAR NIEMEYER COMPLETOU 103 INAUGURANDO PROJETOS

Oscar Niemeyer completou 103 anos dia 15 de dezembro de 2010 inaugurando a nova sede da fundação que leva seu nome, em Niterói. Um gênio, amo seus trabalhos!!!
Abaixo, uma galeria de imagens só com a produção recente do arquiteto:

Oscar Niemeyer é um dos poucos centenários do mundo que segue trabalhando. Há importantes obras suas em execução.

Torre de 100 m na margem brasileira da Usina de Itaipu. O espelho-d'água faz a integração dos espaços.
A Universidad de las Ciencias Informáticas de Cuba terá um teatro aberto ao público.

O Palácio do Governo em Minas flutua sobre o vão de 150 m de comprimento.

Do Auditório de Ravello, na Itália, vê-se o mar Mediterrâneo por uma janela em formato de olho.
Memorial à Paz, planejado para o setor cultural norte de Brasília. No bloco central há um auditório, e nas asas de 30 m cada uma, as arquibancadas

Estudo preliminar para a Catedral Cristo Rei, de Belo Horizonte: uma escultura de 100 m de altura sustenta a cúpula de diâmetro.

A “lança” de concreto do Memorial a Simón Bolívar desafia a gravidade. Há um auditório para 500 pessoas e uma sala de exposições.

Prédio desenhado para uma empresa francesa. A marquise sinuosa também serve de passarela.


Parque Aquático de 21 m² que será erguido em Potsdam, na Alemanha.

Edifício de 18 andares com andar giratório para o lado paraguaio da Usina de Itaipu.

Embaixada do Brasil em Cuba.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

IDÉIAS CRIATIVAS PARA SUA ÁRVORE DE NATAL

Lembranças à vista
Quando o repórter visual Mario Mantovanni parou para pensar em sua árvore, acabou fazendo uma viagem no tempo. “Sempre vivi essa celebração em clima de festa com minha família. Mas, ano passado, resolvi passar a data em um abrigo de crianças. Desde então, o Natal se tornou um momento de reflexão para mim.” Mario vasculhou as gavetas em busca de boas memórias. O resultado, nada convencional, é prova disso: fotos, recordações de viagens, presentes de amigos, santinhos, chaveiros, fuxicos e até o zíper de uma calça antiga foram presos diretamente na parede.
Faça igual: com um lápis, desenhe o contorno da árvore na parede. Use dupla face ou fita crepe para fixar as lembranças. “Deixe-se levar pela intuição para compor o arranjo. Só tome cuidado para não exagerar”, fala o repórter. Depois, uma borracha branca apaga o traçado.


Arranjo rústico cumpre o papel com delicadeza
A sala da repórter visual Tatiana Guardian conta com objetos de ar moderno. Para contrabalançar e aquecer o espaço, que não é grande, a moça criou um arranjo rústico com jeito contemporâneo: gravetos e bolas de isopor forradas de lã em um vaso de vidro (Paraíso das Essências). “Misturei galhos comprados na Ceagesp com alguns colhidos na pracinha perto de casa.”Lanternas japonesas acrescentam luz ao conjunto.
Faça igual: “Os gravetos no chão de jardins e praças são um material que a natureza já descartou, então podemos usá-los com a consciência tranquila”, diz a repórter. Prefira os secos, que, se bem guardados, duram anos. Tati sugere bolas de isopor com até 2,5 cm de diâmetro para o resultado não ficar grosseiro. “Na hora de trabalhar, espete um palito de dente na bolinha e pincele cola branca. Depois enrole a lã, apertando levemente. Lembre-se de deixar uma parte livre da cola para formar a alça. E tire o palito”, detalha.

Reciclagem moderna
Quem visita a república onde mora a estagiária de produção Verônica Naka se admira com a bela árvore dourada, suspensa no canto do estar. Aro, pedais, rodas dentadas e outros itens que formam uma bicicleta parecem flutuar na composição. “Esse material ia ser descartado em um bicicletário do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Bastou tinta para que ganhasse novo uso!”, conta empolgada a dona da ideia, que teve a ajuda dos amigos na montagem.
Faça igual: Verônica tingiu tudo com tinta spray dourada (Colorgin Metallik Interior), inclusive o arame galvanizado nº 18 e o tubo de papelão da estrutura central. Fios de arame, presos em um nó no interior do tubo, saem por um furo na tampa superior. Com um alicate de bico, a estagiária torceu esses fios em vários pontos, formando minúsculas argolas, e então os prendeu no aro, na base do conjunto. As argolinhas são o segredo para manter no lugar o fio encerado que envolve toda a composição, o pisca-pisca branco e os enfeites, pendurados com ganchos de arame. A árvore pronta foi suspensa com outro arame em um gancho com bucha no teto.

Tradição renovada com fitas e tecido
A primeira imagem que vem à mente quando se fala em Natal é a da árvore cheia de bolas vermelhas. Que tal repaginar o clássico com enfeites produzidos por toda a família? Essa é a sugestão do editor de arte Gustavo Curcio, que se inspirou em um ateliê de costura ao decorar o pinheiro artificial com azul e marrom. “A intenção é usar retalhos, botões e carretéis, que todos temos sobrando em casa.” E ele reforça que até as crianças podem participar da confecção das peças, já que o feitio é simples.
Faça igual: além do material de costura, bolas de isopor, feltro, argolas de plástico e fitas de cetim dão vida. Com as peças prontas, comece a distribuí-las pelos galhos – das maiores para as menores, de baixo para cima – e finalize com o festão de botões.

Dobraduras estampadas fazem bonito sobre a mesa
Puro papel. É esse material que forma a base triangular, o topo de flores e as estrelinhas da árvore da designer Rebeca Simone. “Gosto muito de origâmi, a arte japonesa de dobradura, e foi ela que inspirou esta ideia”, conta. Mas a moça alerta que é preciso paciência e dedicação. “Para o trabalho ser mais prazeroso, convide as amigas: enquanto as mãos estão ocupadas, dá para papear”, aconselha a designer, que não dispensou o auxílio da colega Beatriz Giosa.
Faça igual: Rebeca criou a própria padronagem ao colar em uma cartolina verde papéis específicos para origâmi (Hime-Ya) e para scrapbook (Casa da Arte) com estampas variadas, mas de cores aproximadas. “Funciona também com papéis de presente, mais fininhos”, afirma.

1. Comece com um pedaço quadrado de papel, com o lado colorido voltado para cima. Una e dobre as pontas opostas, de modo que, ao abrir, você tenha dois vincos perpendiculares.
2. Vire o papel do lado branco. Dobre-o ao meio, vinque bem e abra; depois dobre novamente na direção oposta, de modo que fiquem oito triângulos marcados no papel.
3. Com o lado colorido voltado para cima, segure o centro do quadrado e traga as pontas para baixo.
4. Dobre cada um dos triângulos em direção à linha central.
5. Desdobre o vinco que acaba de ser feito e abra como se fosse um bolso no papel.
6. Aperte essa nova parte na direção do vinco inicial, achatando-a.
7. Repita os passos 4, 5 e 6 nos outros três lados, para que fique como na foto acima.
8. Encaixe as pontas que sobraram para dentro dos triângulos.
9. Ao soltar o papel, a árvore estará pronta. Se quiser fazê-la dupla, como na reportagem, basta usar outro papel de tamanho diferente e repetir os passos. Encaixe uma dobradura na outra e utilize um rolo de papel higiênico e cola quente para fazer o suporte.

1. Dobre um pedaço de papel quadrado na diagonal. Você terá um triângulo.
2. Pegue as duas pontas da base do triângulo e dobre-as em direção ao topo. O resultado será novamente um quadrado.
3. Dobre as abas, na metade, para fora.
4. Desdobre-as e abra as duas abas.
5. Abaixe as abas na direção dos vincos anteriores, formando dois triângulos.
6. Deixe a dobradura voltada para a mesa e encaixe cada uma das pontas aparentes para dentro. 7. Volte a dobradura para cima e dobre os dois triângulos ao meio.
8. Com cola branca, una os dois lados. Está pronta a primeira “pétala”. Repita esse processo cinco vezes.
9. Para compor a flor, use cola branca. Quando pronta, esta peça também foi colada ao topo da árvore de origami.

domingo, 5 de dezembro de 2010

LADRILHOS HIDRÁULICOS

Mais do que revestir pisos, eles estão em paredes, bancadas e até correm pelo teto. “Na minha casa, criei um painel no muro”, conta o designer Marcelo Rosenbaum. Outro fã do material, o designer Francisco Cálio gosta dos novos grafismos, sem excesso de cores. Inspire-se nestes modelos:


Inspirada nos desenhos do holandês Maurits Escher, de intrincada geometria, a estampa Gobeto (R$ 138 o m² ou R$ 8,90 a peça) produz inusitado efeito visual. Além do arranjo preto e branco, há 76 cores. A Ladrilar aceita encomenda de tons exclusivos, que custam cerca de 20% mais.

Criada por Marcelo Rosenbaum para a Brasil Imperial, a linha São João resgata a brasilidade típica dos trabalhos desse designer paulista com as estampas balão, xadrez, bandeirinha e palha. Aposta numa versão mais limpa para criar ambientes urbanos atuais. Preço sob consulta.

Com desenho limpo, o revestimento Bolas, da Terratile, pode ser fabricado em até 60 cores. Esse modelo faz parte da busca de modernização da marca a partir de novos pigmentos, alguns vindos da Alemanha, como os matizes vermelho, roxo e lilás. Custa R$ 180 o m² ou R$ 7,20 a unidade.

Especializada em restauro de peças de prédios tombados ou casarões antigos, a Ornatos Nossa Senhora da Penha mantém uma oferta de 600 estampas, como a Florão, clássico dos anos 60, vendida por R$ 115 o m² ou R$ 4,60 a unidade. Para substituir os tons rosa, pêssego e pistache, existe uma cartela com 50 cores.

Devido ao arabesco do desenho, a peça à venda na Ibiza segue um padrão clássico com releitura moderna. Estampas mais atuais, algumas assinadas por profissionais, como os arquitetos Sig Bergamin e Gustavo Jansen, são um diferencial da loja. R$ 151 o m² ou R$ 15,90 a peça.

Cheio de detalhes, o ladrilho de nuances mais fechadas (ref. FD 121) tem inspiração colonial bem marcada. Vendido por R$ 170 o m² ou R$ 6,80 a unidade, na Pisos Paulista, vai bem em projetos mais sóbrios. Pode ser executado no matiz desejado pelo cliente – há uma infinidade de tons.

O Zig Zag, disponível pela Ville Rose Cerâmica, vale R$ 164,80 o m² ou R$ 8 a peça. A loja oferece uma coleção variada que contempla os estilos romântico, clássico e contemporâneo com cerca de 200 modelos. Fabrica os ladrilhos com base numa cartela de 15 cores.

Têm visual vibrante as peças da Casa Antiga, como o modelo colonial de misturas quentes que custa R$ 170 o m² ou R$ 10 a unidade. O endereço mantém um acervo com itens fora de linha para compor painéis de patchwork em paredes e pisos. Cria estampas dentro de uma cartela de 54 cores, com custo maior.

Os ladrilhos da RochBeton são confeccionados em tons quentes e terrosos com mesclas de verdes e azuis em versões florais, lisas ou geométricas. O modelo Quatro Pontas sai por R$ 100 o m² ou R$ 5 cada um. Como vende sob encomenda, o endereço aceita pedidos personalizados.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Apartamento de 68 m² é reorganizado para um jovem solteiro

Paredes a menos e acabamentos criativos tornaram este apartamento paulistano espaçoso e descolado. A planta oferecida pela construtora continha três quartos e uma cozinha separada das outras áreas.
A compartimentação excessiva do apartamento em São Paulo ficou só no papel. “Para que tantos dormitórios se eu ia morar sozinho?”, pergunta o proprietário, que preferiu abrir tudo e dispor de mais espaço para receber os amigos. Coube à arquiteta Patrícia Salgado programar as mudanças antes de o edifício ser erguido: tanto as paredes quanto os revesti mentos padrão foram dispensados para facilitar a personalização. O lavabo, mantido no centro, é a única barreira entre os ambientes. “Ele separa as alas social e íntima”, explica Patrícia, que reforçou a integração ao revestir o piso inteiro com placas cimentícias. Da cozinha repleta de armários ao quarto com ofurô e closet, todos os lugares são bem aproveitados.

Cozinha elegante - ela não faz feio na hora de receber. Tem armários de MDF com acabamento texturizado (Bontempo) e no piso, placas de concreto Slim Basic (Solarium). A parede atrás da pia recebeu painel de inox (Mekal) na altura de 60 cm, o que a protege da água e de frituras. Área ventilada - o fogão funciona a gás e não existe janela na cozinha. Para manter o local arejado, ao lado da porta de correr de vidro há uma chapa perfurada de alumínio que dá para a lavanderia (Art Vidros).

Mais aconchego - atrás do sofá, encontra-se a parede do lavabo revestida de ripas de canela (Casulo). Entre ela e o forro, criou-se uma fresta de 15 cm iluminada por fluorescente. Percurso marcado - quatro balizadores de alumínio (Laboratório da Luz), a 30 cm do piso, sinalizam o caminho entre o quarto e a cozinha. Funcionam com lâmpadas halopin de 40 w e são instalados a cada 90 cm. Peça multiuso - para aproveitar melhor o espaço, o mesmo painel de MDF com pintura microtexturizada reúne o móvel de TV, um tampo de apoio ao bar e uma adega. Execução da Criare.

Lavabo inusitado - Patrícia bolou uma peça que faz as vezes de bancada e cuba. A chapa de vidro preto, com 3% de inclinação, manda a água para uma calha de alumínio que a leva até a tubulação de saída do esgoto. Fixado nas laterais de alvenaria com suportes metálicos, o vidro fica apoiado na meia-parede de drywall (Placo) que esconde a calha. Espelho iluminado - Ele recobre uma caixa de MDF, cujas extremidades embutem lâmpadas fluorescentes (que evidenciam a textura Limestone da Terracor). Para manter o equilíbrio visual, esse volume tem a mesma profundidade da parede inferior de drywall

Azul para relaxar - em vez de um sistema de iluminação mais complexo e caro, bastou encaixar um filtro azul nos spots embutidos no forro. “Esse disco colorido de cristal abre o facho luminoso e cria uma luz difusa”, explica o lighting designer Edson Gomes, do Laboratório da Luz. Banho oriental - o morador desejava ter um ofurô no quarto, mas não havia instalação hidráulica. Antes de optar pelo modelo pronto (Multiforma), Patrícia teve de estender a tubulação de água quente e fria até o local. Para esconder os canos, instalou o drywall sobre a parede de alvenaria e o revestiu de palha natural. O encanamento que leva a água até o esgoto está entre a laje do piso e o forro de gesso do apartamento de baixo. “Antes de pensar em quebrar o teto do imóvel vizinho, é importante consultá-lo com antecedência”, alerta o morador. Obra executada pela VOS Construções

Separação sutil - revestida de um painel de madeira, a divisória de drywall (2,50 x 1,45 m) serve de encosto para a cama. Ela criou um pequeno closet, do outro lado. “Do quarto, é impossível enxergar quem está se vestindo”, fala Patrícia. Nas laterais da cama, as duas arandelas ajudam na leitura.

Planta do apartamento de 68m²

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Horta em painel de madeira

“Montei um painel ripado de 4 x 2 m, que, além de sustentar as jardineiras, tornando-as mais acessíveis, ajuda a deixar o espaço menos devassado para a rua de trás”, aponta Ana, que explica ainda que as mudas necessitam de quatro horas diárias de sol e adubação mensal. “A rega não pode ser excessiva. O ideal é apenas uma vez ao dia, na parte da manhã ou no fim de tarde”, completa.

PARA FAZER IGUAL
Ganchos de aço inox penduram as jardineiras de chapa de zinco (0,55 x 0,15 x 0,15 m) no painel de cumaru maciço.
Identificados com placas de cerâmica, os temperos devem ser podados constantemente para brotar mais.

Os canteiros inferiores (1,30 x 0,30 x 0,35 m) embutem jardineiras plásticas. “A maior profundidade acomoda mudas de raízes grandes, como as pimentas”, diz a paisagista, que empregou cascas de pínus como forração.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Cores: saiba como usar os tons da moda

Há um ano, um cinza-escuro tomou as paredes antes brancas da sala de jantar de 14 m² da decoradora Christiane Laclau, sócia do arquiteto Rafael Borelli.
Por que o cinza?
Ao mesmo tempo em que tem personalidade, ele é neutro e não enjoa. Ao observar o antes e o depois, percebo que a decoração ficou mais elaborada. É um tom masculino, porém aconchegante, qualidade desejada numa sala de jantar.
Que recursos usou para não pesar o ambiente?
O rodapé alto branco equilibra e ao mesmo tempo destaca o cinza. Também é importante observar que tenho boa entrada de luz na sala, localizada à frente de uma varanda. Em espaços pequenos, recomendo versões mais claras.
Ao redor da mesa de jantar de peroba, desenhada por Christiane e Rafael, estão as cadeiras de alumínio importadas Navy, da Emeco. Os lustres são assinados pela designer dinamarquesa Cecilie Manz. Fotos de Herb Ritts. Louças da H. Stern Home.

Em vez dos tradicionais azulejos claros, um vermelho fechado veste as paredes da cozinha de 10 m² projetada pela decoradora Clarisse Reade.
Por que escolheu essa cor?
Não gosto de tons abertos, pois acabam pesando o ambiente. Como já havia madeira e granito entre os acabamentos, busquei no vermelho um complemento para aquecer e dar personalidade. Ele traz sofisticação e faz com que a cozinha não tenha apenas aquela cara funcional, mas também de ponto de encontro.
Como usar um tom forte sem pesar?
A cozinha é bastante iluminada, o que impede que fique escura e triste. Além disso, optei por elementos claros para ganhar leveza, caso das portas brancas.

O mix de cinza, azul e branco parece a combinação ideal para o descanso neste quarto de 40 m² decorado pela arquiteta Esther Giobbi.
Que sensações explorou nessa paleta?
A moradora queria um quarto romântico, mas ao mesmo tempo contemporâneo. Foi o que busquei com o cinza na parede, bem atual. Mesclado com o azul-esverdeado de acessórios, o visual transmite calma e frescor. Por sua vez, os elementos brancos ajudam, iluminando o resultado.
Com que outras cores você acha que o cinza vai bem?
Por ser neutro, pode ser usado com quase todos os tons. Particularmente, gosto bastante da combinação com cereja, branco e mostarda.

O rosa-suave busca feminilidade e delicadeza no quarto da adolescente, de 15 m². A proposta é das designers de interiores Flávia Brito e Rebeca Borin.
Como chegaram a esse rosa-claro?
Escolhemos primeiro o tecido da colcha, com uma estampa marcante. Ela determinou a procura de tons derivados mais tranquilos. Eles entram como complemento para evocar repouso e aconchego, as principais sensações que um quarto pede.
Qual o segredo para que a cor não fique enjoativa?
Para quebrar o rosa, usamos bastante branco nos acabamentos e concentramos os tons fortes apenas nos detalhes, como nas almofadas. O espelho fumê que reveste a frente dos criados-mudos também ajudou a equilibrar o resultado.
Com cabeceira de camurça, a cama da NM Estofados tem colcha com tecido da Designers Guild (Empório Beraldin). A confecção é da Kika Chic. As almofadas alternam estampas da Designers Guild e da Vitrine. Abajur da Lustreco e criado-mudo da Quartos & Etc. Mandala do Adriana e Carlota Atelier de Pinturas.

Combinação surpreendente Um teste de cores permitiu definir a paleta diversa da sala de 42 m², projeto dos designers de interiores Antonia Mendes e Ricardo Umada.
Como chegaram à combinação de três cores?
Partimos da tela listrada dos moradores para trabalhar um leque de que eles gostavam. Por ser iluminada, a sala não restringia o uso de tons como o roxo. No teste, ficamos com o violeta na parede maior, equilibrado pela leveza do verde-cítrico na viga. Para a coluna, optamos por um acinzentado neutro.
Qual o segredo para orquestrar diferentes tons?
Gostamos de liberdade no uso da cor, mas repare que as escolhas conversam. Isso porque cada nuance foi retirada do desdobramento das cores principais.

Cores sobrepostas enchem de personalidade a sala da decoradora Neza Cesar. Até os móveis foram pintados, caso da cama dos anos 1950, convertida em sofá.
Como chegou a essa cartela?
Adoro experimentar e ando apaixonada pela dupla azul e verde-militar, pintada na estrutura do sofá. Para compor o leque, fiz o estudo com peças soltas, como lenços e _ ores de tecido com esses tons, todos tendência.
Por que a mistura funciona?
Os azuis se complementam e o verde leve na parede traz frescor aos móveis de tons fortes. A sensação é de contraste, quase como um sol que entra na casa. Já os rosados do tapete e do assento do sofá vão bem com o azul.

Na parede à frente, ficam a estante com nichos para livros e o móvel de apoio para o DVD (1,60 m x 40 cm e 45 cm de altura). Ambos são de MDF com laca brilhante azul. Os móveis azuis foram feitos pelo marceneiro André Crudo. Luminária da Fas, tapete lilás da Originale, sofá de Fernando Jaeger e quadros da galeria Mônica Filgueiras. Parede em tom cinza combinando perfeitamente coma poltrona amarelo e a marcenaria azul.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

João Figueiras Lima - LELÉ

Dia 18-10-10 fui em uma palestra do mestre Lelé na FAU-USP. Então resolvi falar um pouco dele e suas obras.
Nasceu no Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 1932. Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, passou a maior parte da vida em Brasília e em Salvador. É conhecido popularmente como Lelé. Formou-se arquiteto pela Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ).
Entre os arquitetos da arquitetura moderna do Brasil, Lelé é o arquiteto que leva mais longe as experiências de industrialização de componentes na construção civil - sobretudo em argamassa armada -, mesmo diante das condições precárias do país. Orientado pela dimensão coletiva da arquitetura, trabalha prioritariamente para o poder público em programas de grande alcance social: edifícios residenciais, escolas, hospitais e equipamentos urbanos de saneamento e transporte.
Suas obras destacam-se pela combinação entre a exploração da industrialização na construção civil e a criação de componentes pré-fabricados em série, recurso da forma livre, freqüentemente sinuosa, herdada de seu convívio com Oscar Niemeyer (1907).
O diferencial de Lelé, porém, é o baixo custo e curto prazo. Seus projetos para a construção de edifícios – em particular hospitais – são todos com custos muitos reduzidos, aspecto relevante apenas para um raro grupo de arquitetos que, além de dominarem o ofício de criar e construir valoriza o lado social das obras.
Sua atuação na arquitetura hospitalar começou em 1964, depois de sofrer um acidente de carro. Conheceu, então, o médico e colega Aloysio Campos da Paz e pensou em projetar hospitais que dessem maior autonomia ao paciente. Essa idéia evoluiu até, em 1980, ser inaugurado em Brasília o primeiro hospital da rede Sarah, especializado na reabilitação de pessoas com problemas físico-motores.
Lelé trabalhou por muito tempo em projetos públicos arquitetônicos, porém, como seu método construtivo é rápido e de baixo custo, passou a sofrer boicotes. Hoje, o arquiteto só trabalha nos hospitais da rede Sarah.
"Sua principal qualidade é aliar a construção de prédios à formalização do elemento que compõe o próprio edifício. Ele pensa, desde a maca que será utilizada pelo paciente no hospital até na espessura da viga que sustenta o prédio. E ainda produz os materiais envolvidos nos dois processos"
Anália Amorin

Alguma de suas obras:

Projeto do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia.

Projeto do Tribunal Regional do Trabalho

Hospital Sarah em Brasília, acesso da cobertura ao lago para reabilitação pela prática de iatismo.

Passarela pr-e-fabricada.

Croqui .

As coberturas curvas são características da arquitetura de Lelé para a Rede Sarah.
Os tetos das unidades de internação, por exemplo, são constituídos por esquadria metálica e aletas móveis de policarbonato que, ao serem abertas, possibilitam a iluminação e a ventilação naturais do ambiente.

Os blocos horizontais se conectam longitudinalmente, enquanto a interface com o exterior ocorre através do suave aclive e de grandes áreas ajardinadas.

O auditório esférico e o solário atirantado são os elementos esculturais do projeto.

O grande espelho d’água ladeia o bloco de internações, resguardando o hospital de possíveis inundações resultantes da variação do nível da lagoa de Jacarepaguá.
O auditório, um volume semiesférico e inclinado, é pontuado verticalmente por uma cúpula metálica que, por meio da automatização, abre-se em gomos a fim de propiciar a entrada da luz natural no espaço interno.