Texto Roberta Akan
Reportagem Visual Tatiana Guardian e Verônica Naka (assistente)
Fotos Marcos Lima
Durou pouco a ideia de transformar a área aberta para a sala em armário: "Preferi montar meu canto de trabalho em casa. Aqui pesquiso em revistas e livros e faço minhas colagens", conta a decoradora Luciana Colesanti. Na parede, apenas as molduras pesadas estão em pregos, a exemplo do espelho e das fotografias - como a que mostra a avó de Luciana vestida de noiva. "Primeiro organizo as peças no chão, para só aí furar onde for preciso", ensina. Depois vêm postais, desenhos, uma folha seca... Todos com fita adesiva. Resgatada do lixo, a cadeira de plástico recebeu tinta spray Suvinil, linha Multiuso. Para recuperar a mesa antiga, a decoradora paulistana lixou o móvel e passou tinta acrílica semibrilho
Um módulo de chão e outro suspenso brincam com a volumetria sob os degraus vazados, protegidos pelo guarda-corpo de inox e vidro. A arquiteta paulistana Flávia Portela criou ainda o armarinho espelhado que esconde o quadro de luz e organiza chaves. "A parte inferior é somente decorativa." O rasgo vertical na parede (15 x 15 x 90 cm) virou luminária, com lâmpada dicroica embutida.
Ele era essencial no sobrado com um só banheiro. E por que não sob a escada? "Aquele canto era um depósito de entulho!", conta a moradora, Cláudia D’Orey. Como na porção central da área de 0,90 x 1,50 m o pé-direito mede 1,77 m no mínimo, não se bate a cabeça nos degraus. Para prolongar a rede de água e esgoto, Cláudia contou com as dicas de dois amigos arquitetos. O branco predomina a fim de trazer claridade. Está na pintura e nas louças compactas (a pia tem apenas 43 x 23,5 cm!). A exceção fica com o piso, um porcelanato que imita madeira. Quatro furinhos no verso da escada e da porta permitem um mínimo de ventilação.
"Seria desperdício não usar esta área", diz a arquiteta paulistana Mariana Cecchini sobre o vão de 0,75 m de profundidade e 1,40 m de largura máxima. Como precisava de lugar para os livros do morador, Mariana desenhou um móvel adequado (1,30 x 0,75 x 0,45 m). A arquiteta deixou a base branca, valorizando-a com lambris na parede lateral. E, na superfície do fundo, usou um tom de mostarda (ref. 20yy51306, da Coral). Para acentuar as linhas geométricas, destacou os degraus com tábuas de cumaru. A ausência de guarda-corpo atenua a robustez da escada - mas põe em risco a segurança. Por isso, opte por um balaústre discreto caso deseje uma solução parecida.
Uma profusão de espelhos variados enfeita a parede. Para completar o conjunto, há duas cadeiras e um descolado criado-mudo com uma luz de leitura. Detalhe original, o verso de cada degrau exibe uma esculturinha de arame feita pela designer Ana Moraes. Entre as palavras moldadas no metal, aparecem "amor" e "relax". A ambientação acolhedora fica na loja paulistana Coisas da Doris, instalada em um sobrado de vila, mas poderia estar em qualquer casa.
Adorei as idéias, acredito que qualquer cantinho pode ganhar uma função e um charme especial, basta ter boas idéias com essas, parabéns. Tenho certeza que será uma excelente profissional.
ResponderExcluirMuito obrigada pelo carinho!!!Bjs
ResponderExcluirLindas ideias, geralmente o que vemos são estantes de livros e objetos decorarivos.
ResponderExcluirOlá Mary, na próxima semana mostraremos alguns exemplos de como aproveitar esses espaços debaixo das escadas. Adoramos duas imagens tuas e vamos colocá-las no nosso post. Seu blog vai aparecer como a fonte. Beijos
ResponderExcluirAtelier Decor¨{Vitoria Vaz}
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