segunda-feira, 29 de março de 2010

PRITZKER 2010

Museu de Arte Contemporânea do Século 21, em Kanazawa, Japão

Nada é mais contemporâneo em arquitetura do que a combinação da estrutura de aço com a transparência do vidro. Os dois elementos juntos compõem os projetos de formas limpas e simples da dupla de arquitetos japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa que venceram no último domingo o Pritzker 2010, a premiação mais importante da área.
Como os brasileiros Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, premiados em 1988 e 2006, respectivamente, a dupla nipônica recebeu o reconhecimento internacional pelo conjunto das obras realizadas pelo escritório deles, o Sanaa. Antes deles, outros três arquitetos japoneses tinham recebido o Pritzker: Kenzo Tange, Fumihiko Maki e Tadao Ando.
Em entrevista recente, Nishizawa declarou que tem simpatia pelo trabalho dos dois brasileiros premiados pela relação que eles estabelecem entre o interior e o exterior. No lugar do concreto armado, que permite as formas orgânicas de Niemeyer e os grandes vãos de Mendes da Rocha, o maior trunfo dos japoneses está no uso quase absoluto do aço nas estruturas, o que dá maior leveza aos projetos.

O interior é uma extensão do jardim no Museu de Arte Contemporânea do Século 21

Pavilhão de vidro do Museu de Arte de Toledo, em Ohio.