quinta-feira, 25 de junho de 2009

CANTINHOS VERDES

Este deque é de ipê tratado com verniz naval. As caixas dos vasos são do mesmo material, porém, a madeira está ao natural. As peças exibem uma cerca viva de murta (Murraya paniculata), que traz privacidade à morador.

Apaixonada por orquídeas, a moradora queria uma coleção na cobertura, mas o espaço era limitado. A solução veio com um armário, feito por Arthur Casas (11 3664-7700), que concentrou nas prateleiras os recipientes. A peça de canela de demolição (1 x 2,30 m), protegida por cera de carnaúba, foi executada pela Espaço Santana (11 2959-2999). Dentro do móvel são guardados os acessórios para cuidar das plantas. Este canto ficou perfeito para o cultivo de orquídeas: elas ficam resguardadas do vento e do sol diretos, mas recebem bastante claridade. A periodicidade das regas varia conforme a espécie. Como regra geral, coloque água na terra com parcimônia uma vez por semana, sem deixar encharcar – escolha vasos em que o líquido escoe facilmente.

Ao projetar este jardim, a arquiteta procurou fazer um contraponto à arquitetura da casa, “muito moderna”, na opinião dos moradores. “Apostei em móveis de madeira com ares de fazenda e cachepôs de fibra e apliquei tijolos aparentes no muro”, conta. Em vez de flores, ela priorizou espécies verdes, que exigem menos cuidados, como a palmeira Areca cateca (1). “Ela parece a palmeira-imperial, mas não cresce tanto: daqui a dez anos, a folhagem ainda estará visível sem que seja preciso erguer o olhar”, ensina. De crescimento rápido, a trepadeira mucuna, ou Mucuna benettii (2), propicia uma área de sombra. A espreguiçadeira de eucalipto de reflorestamento é da Saccaro.

De eucalipto de reflorestamento, esta casinha de brinquedo foi inspirada em Daniel Boone, seriado de TV dos anos 1960 sobre uma família de pioneiros americanos.
“Tentei recriar esse clima aventureiro para tirar a meninada de dentro de casa”, explica o engenheiro Lao Napolitano (11 4617-3400), autor do projeto. A construção tem paredes de toras cortadas no formato meia-cana e piso de cumaru. A madeira é tratada em autoclave para evitar a umidade e o ataque de fungos. Com espaço para cinco crianças, o modelo de 1,50 x 3 m precisa de uma área de 3,50 x 6 m.



Nos fundos de um sobrado, a paisagista organizou a área de 10 x 10 m ao redor de uma mesa de granito de 1,20 m de diâmetro. Esse móvel, assim como os bancos e as cadeiras de teca, aguenta bem as intempéries. O único elemento que pede manutenção atenta são as escaevolas (Scaevola aemula, 1), que precisam ser regadas duas vezes ao dia. De resto, basta retirar as folhas secas das espécies. Antes, o quintal tinha um piso bastante danificado e uma parte coberta de terra. “Forrar o chão com manta de drenagem e, por cima, espalhar pedriscos foi uma maneira rápida e sem quebra-quebra de unificar o ambiente”, diz a paisagista. Para completar, ela projetou um caminho de pedra miracema.


Piso de cerâmica, móveis de madeira aparente, cesto de fibra, tom oliva na parede: nesta área coberta do quintal foi colocado elementos que remetem à natureza e imprimem uma atmosfera acolhedora. Pilhas de vasos, ferramentas e regadores ficam à vista. Entre as espécies, há orquídea-bambu (Arundina bambusifolia, (1)), fícus (2) e diversas orquídeas (3). Atrás do banco, uma placa da Mercatto Casa exibe um poema de Carlos Drummond de Andrade. Nas almofadas uma delicada mistura de xadrez e floral.

Um comentário: